domingo, 14 de setembro de 2008

NOTÍCIA DA SEMANA

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Internet: maior e mais arriscada Especialistas afirmam que 100 mil máquinas escravizam computadores para praticar crimes
Luciene Braga

Rio - O número de brasileiros na Internet, de 2000 a 2008, cresceu 900%. Segundo a empresa e-bit, que monitora o mercado, a explosão acompanhou o comércio via web. Só no ano passado, foram R$ 6,2 bilhões em compras. Mas a segurança fora da rede ganhou também o espaço virtual. Em 2007, R$ 300 milhões dessas compras foram registradas em sites falsos, frustrando o consumidor.

O risco ainda é maior que fazer as compras. Dados da Polícia Federal mostram que hoje há, no mundo, pelo menos, 100 mil computadores “botnet” (que escravizam outros micros para praticar crimes). Computadores viram “zumbis”, quando usuários baixam arquivos chamados “maléficos”, com programas que invadem a máquina e os tornam instrumentos para disparar novos programas, que podem, além de capturar dados e senhas, distribuir conteúdos ilegais.

CRIMES CIBERNÉTICOS

Enquanto o Congresso Nacional não se entende na votação da lei que vai instituir a punição para os crimes cibernéticos, os usuários nem percebem que suas máquinas estão sendo utilizadas pelas organizações criminosas especializadas.

Os sintomas de que o computador foi escravizado podem ser percebidos quando os computadores se tornam muito lentos, congelam sem razão aparente ou desligam abruptamente.

Segundo o chefe da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Adalton de Almeida Martins, o efeito é igual ao de um telefone que recebe ligações de várias pessoas ao mesmo tempo: “A linha cai. Fica sem falar por um tempo. É preciso desconfiar quando isso acontece com o computador. Essa é só uma das linhas de ataque.

Quando a grande rede de golpes invade um banco ou uma grande empresa, o prejuízo é ainda pior: eles as extorquem, em troca de preservar os sistemas”, revela.